Romanos 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Quando estamos cultuando a Deus, também estamos oferecendo a Ele sacrifícios espirituais conforme nos diz o texto acima nós somos a oferta, e ela precisa ser agradável. O zelo com o qual adoramos o Senhor revela o verdadeiro valor do nosso culto, portanto o ministro precisa ter a plena convicção de que o Altíssimo o escolheu para ser um verdadeiro sacerdote.
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (I Pedro 2: 9).
Como bem sabemos, o sacerdote desempenha uma importante tarefa; a de representar o povo diante de Deus. Diferentemente do profeta, que por sua vez, representa Deus diante do povo (ao transmitir a Palavra do Senhor).
Depois disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e apresenta a tua oferta pelo pecado e o teu holocausto, e faze expiação por ti e pelo povo; também apresenta a oferta do povo, e faze expiação por ele, como ordenou o Senhor. Levítico 9: 7
Ora veio a mim a palavra do Senhor, dizendo... Jeremias 1:4
Observemos que em ambos os casos existe uma relação de Deus com o homem (ou vice-versa), porém é importante salientar o fato de a comunicação ter sido uma iniciativa Divina (o Senhor se revelou a nós através da Sua Palavra), e por isso o conhecemos e queremos servi-lo.
Nós amamos, porque ele nos amou primeiro. I João 4:19
Chamamos esta relação de “comunicação vertical”. O ministro-sacerdote (levita) tem grande responsabilidade em conduzir a Igreja do Senhor através da legítima adoração à presença do Altíssimo. Tenha por certo prezado (a) irmão (ã) que o seu amor, zelo e dedicação em aplicar-se nesta relevante tarefa resultará na resposta celestial ao sacrifício espiritual do povo oferecido por suas mãos.
Cientes de nossa posição, sempre estejamos prontos a nos apresentar a Deus com o espírito de verdadeiros adoradores, comprometidos com a palavra de Deus e vocacionados a fazer a diferença, pois o Senhor procura os tais;
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. João 4:23.
Ao ministrar com a Igreja precisamos vivenciar a mensagem cantada, do contrário o louvor não será considerado sincero, (Exp: ao cantar sobre a fé, ministrar verdadeiramente a fé, dando vida á canção. Imagine uma reunião onde os hinos falam de vida, fé, milagres, mas os próprios não são oferecidos com entusiasmo... Implicitamente ecoa aquela pergunta: Onde está a vida, a fé, e o milagre?).
Visto que já conhecemos os nossos objetivos ministeriais, nos ocuparemos agora em como alcançá-los. Nas Escrituras Sagradas temos o modelo de serviço sacerdotal dado por Deus, este mesmo contém características tipificadas (cerimônias possuindo um significado espiritual). Observe a narrativa bíblica a seguir:
LEVÍTICO 9
2 e disse a Arão: Toma um bezerro tenro para oferta pelo pecado, e um carneiro para holocausto, ambos sem defeito, e oferece-os perante o Senhor.
5 Então trouxeram até a entrada da tenda da revelação o que Moisés ordenara, e chegou-se toda a congregação, e ficou de pé diante do Senhor.
6 E disse Moisés: Esta é a coisa que o Senhor ordenou que fizésseis; e a glória do Senhor vos aparecerá.
7 Depois disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e apresenta a tua oferta pelo pecado e o teu holocausto, e faze expiação por ti e pelo povo; também apresenta a oferta do povo, e faze expiação por ele, como ordenou o Senhor.
8 Arão, pois, chegou-se ao altar, e imolou o bezerro que era a sua própria oferta pelo pecado.
22 Depois Arão, levantando as mãos para o povo, o abençoou e desceu, tendo acabado de oferecer a oferta pelo pecado, o holocausto e as ofertas pacíficas.
23 E Moisés e Arão entraram na tenda da revelação; depois saíram, e abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo,
24, pois saiu fogo de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo todo o povo jubilou e prostrou-se sobre os seus rostos.
Este relato pertence ao culto realizado no tabernáculo (na região do Sinai). Tudo foi cumprido conforme a ordem do Senhor no monte Sinai (v.6).
Em primeiro lugar, são oferecidos duas espécies de sacrifícios; pelo pecado e ofertas pacíficas. O (a) ministro (a) deve sempre estar com o coração quebrantado diante de Deus, pois o sacerdote antes de interceder pelo povo o fazia por si mesmo (v.8), para que o Santo atentasse para a oferta. Confessar nossas culpas para o Senhor é cuidar de nossa saúde espiritual, o rei e salmista Davi é formidável exemplo de arrependimento e confissão, e desta forma o seu ministério sempre esteve ligado a Deus.
SALMO 51
1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões,segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.
10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável.
11 Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito.
12 Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.13 Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e pecadores se converterão a ti.
14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua cantará alegremente a tua justiça.
15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca proclamará o teu louvor.
Após todos os ritos cerimoniais, Arão e Moisés saíram da tenda para ministrar o povo, e neste momento aconteceu algo fantástico (v.23). O Senhor recebeu o holocausto pessoalmente manifestando a sua glória.
Cremos na mesma atuação divina para os nossos dias, pois o nosso Deus não mudou, ele continua a atentar para o altar de Sua casa quando fazemos conforme a sua vontade, e o mesmo fogo celestial presente no tabernáculo também preenche os nossos cultos com o poder do Altíssimo.
Diante do altar (Liturgia musical)
Para melhor adorar a Deus, observando sempre as Escrituras, foi criada uma liturgia musical baseada no trabalho realizado pelos sacerdotes na Tenda e no Templo do Senhor. Veja abaixo como está organizado o momento de ministrar o louvor:
CELEBRAÇÃO: Louvores que despertam a comunhão entre os irmãos (promovem unidade). Geralmente são alegres e valorizam o próximo (pelo povo). O culto aparentemente está frio quando há individualismo; a celebração aproxima uns dos outros para cantarem.
ADORAÇÃO: Louvores espirituais que promovem adoração (a igreja unida adora em comunhão, partilhando as dádivas espirituais). Os irmãos se sentem à-vontade para exaltar a Deus sem constrangimentos, percebem a presença de Deus e glorificam.
ORAÇÃO: Louvores voltados ao clamor e oração (a mensagem contida na letra é genuinamente uma oração). Promove a busca pelo Senhor através da súplica ardente, a igreja naturalmente começa a clamar num ambiente predominantemente espiritual.
RESPOSTA: Após todos os caminhos percorridos, encerramos com um louvor característico por sua mensagem (a letra possui uma palavra de Deus adequada para o momento intimamente ligada aos eventos vivenciados durante a reunião).
Levando em consideração o fato de que o louvor ocupa sempre em nossos cultos uma grande parte de todo o programa devemos tratá-lo com igual seriedade. Os músicos, cantores e ministros (as) precisam estar atentos com respeito às motivações que os levam a exercer estas santas tarefas, pois o Soberano tem grande ciúmes de sua adoração.
Será que tocamos e cantamos com o único intuito de devotar nossas vidas ao Senhor? Ou o fazemos por mera realização pessoal? Comparecemos aos programas da igreja somente para a música? Ou também participamos das orações e ouvimos atentamente a mensagem?
Não podemos nos esquecer, não somos artistas; e sim sacerdotes, ministros do nosso Rei Jesus. Não realizamos espetáculos, shows; e sim conduzimos a adoração em direção a Deus, e não para nós mesmos. É para Ele a glória e o louvor! Jamais o façamos por vaidade, e sim por amor. Porquê...
LEVÍTICO 10
1 Ora, Nadabe, e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que ele não lhes ordenara.
2 Então saiu fogo de diante do Senhor, e os devorou; e morreram perante o Senhor.
3 Disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo.